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Cultura e Tradição
Cultura e Tradição
O Ribatejo foi muito vincado pela a agricultura, e isto trouxe repercussões à etnografia local.
Eram tempos em que o trabalho era feito a braços, quando ranchos invadiam os campos e aí se instalavam em “quartéis” como se fossem exércitos.
Tempos em que se trabalhava de sol a sol (esse maldito que teimava em não se esconder no horizonte!), tempos da pobreza do avio para o farnel, tempos das mãos calosas, tempos de verão, quando o calor lhe queimava o corpo, transformando as suas roupas em farrapos, encharcadas em suor, deixando a sua indumentária branca de salitre, tempos de Inverno, tudo coberto de geada, e tempos da chuva, que inunda os campos e não se trabalha e logo não há pão na mesa....
As migrações sazonais de trabalhadores do norte, que se deslocavam para o Ribatejo: os “caramelos”, os “bairrões” ou “gaibéus”, procuravam o nosso concelho em busca de uma melhor vida, e por cá ficaram, deixando marcas na indumentária, na fala, nos costumes e usos na lezíria e charneca ribatejana.
Contudo nem só a agricultura marcou o concelho, no rio Tejo pescadores vindos de Vieira de Leiria, rumaram ao sul, ficaram conhecidos por avieiros - “vagabundos do Tejo”, apelidou-os Alves Redol.
Estes pescadores trouxeram também consigo um traje, uma habitação, um modus vivendi, diferente e estranho às gentes do Ribatejo, que as viam com desconfiança.
Todas estas peculiaridades marcaram o Ribatejo, que o transformaram num misto de culturas e tradições.